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domingo, 9 de março de 2014

A aranha, meu quarto e a parede.


Todo poema um agudo dentro,
um fosso,
a ferida aberta trágica,
uma flor arrancada dos espinhos.
A face de um Cristo emoldurada,
um desejo de fé,
uma saudade dobrada,
uma teia suspensa com uma aranha,
uma aranha pendurada, perdurada
a aranha a espera de ser alvejada
por mãos imensas.
Não mate a aranha, requer a escrita.
Não desvulcanize a aranha em seu devagar
exercício de existência.
Onde a morte a liberta do tapa da vida,
ela constrói uma nova gravidade.
E cai, teia, feia, forte, elástica, corcunda.
E é poema, um grave som de felicidade.
Feito.

Patricia Porto

Uivo da Loba

2 comentários:

Dalva Nascimento disse...

Oi, querida! Bom matar a saudade! Seu espaço continua lindo! Bjs.

Valéria Russo disse...

Obrigada Dalva, estou de volta e com vontade ... também senti muita falta do teu cantinho, bjuivos linda estrela.

E AS LOUCAS HORAS

NÃO COMPRE ANIMAIS, ADOTE!!!BICHO É TUDO DE BOM .

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