UIVANDO PELO MUNDO ...

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Courgette (Abobrinha Italiana) com tomates, gratinados com queijo ao forno.




Inauguro hoje uma nova sessão aqui no blogue.
Todos sabem que adoro cozinhar, para mim uma terapia que relaxa e me dá prazer.
Ando um pouco limitada nas postagens e gostaria de abranger mais assuntos aqui, e a culinária é algo que grada a todos.
Tenho feito centenas de receitas novas e interessantes,  mas como não fotografei nenhuma delas, começo com esta que fiz hoje e irei postando outras ao longo dos dias.
Bjuivos no coração de todos vocês.


Receita de hoje, light e deliciosa, acompanhando arroz branco e palitos de peixe (assados ou fritos), delicia. Fiz e aprovei.
http://uivodaloba.blogspot.com

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Como Árvore que Sou

Como Árvore que Sou
Como árvore que sou
adormeço a sossegar as minhas folhas e
os pássaros transparentes que se agitam nos ninhos
da minha inquietação.
Sei de cor os sonhos dos ventos
que balançam este corpo tronco
onde dedos vegetais bastam
o rumor das seivas silenciosas. A noite
propaga o ardor da ternura até às minhas raízes
que vão bebendo lentamente as lágrimas de um vento azul,
cuja dor deambula sobre as pedras, em oração à terra,
para vir confortar-se em silêncio no mais fundo de mim.
Escondo por dentro do nada os segmentos de estrelas
que restaram da partida dos pólenes. Flutuam
na quietude das noites claras onde a chama do leito
de açúcares permanece, visível no limbo da noite.
Demoro neste entorpecimento idealizado o termo, os
renovados filhos da gravidez da terra
e do incontrolado cio dos relâmpagos. Em mim
o verde se transforma em música, essa música sem tempo,
que lembra toda a noite da floresta, toda a serenidade
dos lagos, toda a doçura do ventre das baías.
Como árvore que sou, amo o vôo do pássaro e a
lonjura da terra. E sou a terra. E sou o pássaro.
E a raiz do amor. E a raiz da sombra. E a raiz solar
que me erguerá até à luz que me fascina
e me beija docemente a cabeleira lavada
de esperança. Sou a árvore. Um rio
de vida que sobe lentamente
as colinas do céu.


Lília Tavares e Joaquim Pessoa(a publicar)

http://uivodaloba.blogspot.com




domingo, 3 de janeiro de 2016

A Grama do Vizinho

A Grama do Vizinho
Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco.
Há no ar certo queixume sem razões muito claras.
Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia:
“Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento”.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude:
considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.
Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
“Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”.
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.
Martha Medeiros

E AS LOUCAS HORAS

NÃO COMPRE ANIMAIS, ADOTE!!!BICHO É TUDO DE BOM .

NÃO COMPRE ANIMAIS, ADOTE!!!BICHO É TUDO DE BOM .