segunda-feira, 31 de agosto de 2009

No caminho, com maiakovisk


Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Eduardo Alves da Costa

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Seu uivo é importante para esta alcateia...não se reprima, se exprima.....
A Loba agradece!!!

Responderei aos comentários aqui mesmo, por impossibilidade de tempo e pela facilidade de poder agradecer a todos ao mesmo tempo. Obrigada. Bjuivos no coração.